sexta-feira, 29 de abril de 2016

Tópicos de estudos sobre a docência

Aqui neste post estaremos resumindo alguns tópicos que abordam estudos sobre a docência.

O primeiro deles é: Formação Docente por Competências.

Bem, esse tema foca a formação do professor e a capacitação do mesmo de maneira que o docente obtenha a capacidade de manipular múltiplos recursos, tais como a teoria, a prática e como lhe dar com obstáculos que podem surgir no dia a dia do profissional.

Essa ideia surge nos anos de 1960-1970 nos Estados Unidos, não cabendo ao professor uma reflexão sobre o seu trabalho, mas sim estabelecer metas a serem alcançadas a cada dia. Esse modo de pensar começa a avaliar o professor da seguinte maneira: se o aluno é "bom" na escola, implica que seu professor é "bom", se o aluno é "mal" na escola, implica que seu professor é "ruim". E o porque das aspas, você me pergunta, eu respondo: em geral, não existe bom e mal professor, nós somos seres humanos e existem infinitas variáveis, sejam elas emocionais, cotidianas, familiares, que podem influenciar (e influenciam) no seu desempenho, seja você aluno ou professor. 

Então o resumo que fica é: é necessário sim ter uma boa formação, obter competências que te ajude no trabalho, mas não se deve avaliar um professor ou aluno apenas por notas e observações, é necessário observar todo um contexto por trás da história para obter uma avaliação justa (o que não acontece até os dias de hoje).

Obs.: esse sistema chega no Brasil nos anos 90.

O segundo engloba vários artigos sobre os Saberes Docentes.

Ora, o saber docente nada mais é do que a conjuntura de elementos que um professor utiliza para atingir um objetivo em sala de aula. Mas não é tão fácil quanto parece... O professor não deve ser aquele cara que vai entrar na sala de aula, repassar o conhecimento para os alunos reproduzirem numa avaliação e avaliar os mesmo através de suas notas. O docente deve ser o profissional que instiga o aluno à interação com a ciência em questão, e o método para isso acontecer faz parte dos saberes docentes.

Dentre esses saberes estão: Disposição para aprender sempre (principalmente em relação aos alunos), entender o sistema educacional no qual está inserido, refletir a própria maneira de trabalhar, observar a realidade do aluno, dominar T.I. que possa auxiliar em sala de aula, observar e conversar com outros professores, etc. 

Fazendo um resumo da obra, um professor deve ser um profissional que se importa com o seu trabalho e se importa com a vida do outro ao seu lado. Ser professor é ser humano.

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil 
Por: Eduardo de Araújo Corrêa 

          A tríade aluno-professor-saber é hoje reconhecida como um dos principais projetos de investigações da chamada Educação Matemática. E por essa relação poder alcançar formas, e característica tão diferentes, o melhor modo de se ensinar a matemática é visto de por diferentes ângulos, e por isso foram surgindo “Modelos” de ensino, que por nós será chamada de tendências, e essa tendências será o nosso objeto de estudo agora.


RESUMO SOBRE AS TENDÊNCIAS:

      Existem várias tendências já definidas, e outras que ainda estão se formando, a partir de agora vamos ver o que cada desses “modelos” nos propõe.

1ª - Tendência Formalista Clássica:
Caracterizada e pelo ensino da matemática clássica, sobretudo o modelo Euclidiano e a concepção Platônica que usa sistematização lógica do conhecimento matemático, a partir de definições, axiomas, postulados que expressam os teoremas e corolários.

Elementos Primitivos | Sistematização
Definições, axiomas e postulados. | Teoremas e corolários

Caracteriza-se também pela concepção platônica da preexistência do conhecimento (inclusive o matemático), como se esse não fosse construído pelo homem, e sim apenas “acordado” dentro dele (o aluno como uma folha de papel em branco).

2ª - Tendência empírico-ativista:
Os métodos de ensino consistem nas atividades, com rico material de trabalho, que permitem a realização de experimentos e jogos. Continua a acreditar que as idéias matemáticas são obtidas por descobertas. O conhecimento matemático emerge do mundo físico e é extraído pelo homem através dos sentidos (interatividade do objeto de estudo, no caso a matemática e o estudante).

3ª - Tendência Formalista Moderna:
A matemática escolar perde tanto o seu papel de formadora da “disciplina mental” côo o seu caráter pragmático de ferramenta para resolução de problemas. Passa a se enfatizar a dimensão formativa sobre outras perspectivas: mais importante que a aprendizagem de conceitos, são as aplicações do que se estuda em matemática (ou seja, passa a se valorizar mais as aplicações, do que o aprendizado).
Na verdade, essa proposta de ensino parece visar não à formação do cidadão em si, mais a formação do especialista em matemática.
A tendência moderna procurava os desdobramentos lógicos-estruturais das idéias matemáticas, tomando por base não à construção histórica e cultural desse conteúdo, e sim a sua unidade e estruturação algébrica mais atual, possibilitando a melhoria da “qualidade” de ensino da matemática.

4ª - Tendência tecnicista e suas variações:
O modo de se conceber a matemática, pode ser percebida nos manuais, que se restringem a treinos de habilidades estritamente técnica, ou em áreas específicas. Formada pelos passos seqüenciais em forma de instrução programada, onde o aluno deve realizar exaustivamente uma ação (Ex: séries de exercícios) seguindo um modelo previamente estabelecido.
A pedagogia tecnicista não se centra no professo como as outras duas já citadas, e nem nos alunos. Ela tem por base a mecanização das ações, para uma um melhor desempenho de uma atividade.
Junto com essa visão do ensino matemático, surge a matemática aplicada por áreas, tipo, matemática aplicada à engenharia, computação e etc.

5ª - Tendência construtivista:
A epistemologia genética peajetiana passa, então, a influenciar fortemente nas inovações do ensino da Matemática. Trouxe maior embasamento teórico para a iniciação ao estudo da matemática, substituindo a prática mecânica por uma prática pedagógica que visa com o auxilio de matérias concretos, à construção das estruturas do pensamento lógico-matemático.
O pólo decisório dos processos de aprendizagem está no aluno então na figura do professo. Nega também a teoria empirista que sustenta que o conhecimento só é possível mediante os recursos da experiência e dos sentidos. Isto é, o mundo físico seria a fonte do conhecimento matemático, e não o sujeito reflexivo.
O conhecimento matemático é vista como uma obra que resulta da interação dinâmica do homem com o meio que o envolve.

6ª - Tendência socioetnocultural:
É voltada aos aspectos sócio-culturais da Educação Matemática.
Solucionar as contradições existentes entra a “aprendizagem” da matemática na escola e as soluções buscadas pelo indivíduo no cotidiano, dentro de contextos relacionados à vida, ao trabalho.
No âmbito das idéias pedagógicas, esta tendência apóia-se em Paulo Freire. No âmbito da Educação Matemática, tem-se apoiado na etnomatemática que tem em Ubiratam D’Ambrósio seu principal idealizador.

QUAL TENDÊNCIA ESCOLHER?

È desejável que o professor tome conhecimento de todas as diversidades de concepções, ideologias sobre o ensino da matemática, para a partir daí criar sua maneira própria de lidar com essa questão: “Como ensinar a matemática?”. Dessa forma a não existe uma tendência melhor que outra, o que existem são pré-disposição de um indivíduo A ou B se encaixar nelas. Outro ponto importante é o que essas tendências não foram vividas cada uma em sua época, elas coexistem.
É nesse processo de aprendizagem contínua, que o professor produz novos significados, produz uma visão própria. Apropria-se criticamente da contribuição de cada uma, sem se encaixar completamente nelas.
Também é bom salientarmos que sempre estão a aparecer novos “modelos”, e atualmente temos duas novas correntes surgindo, a histórico-crítico, e o sociointeracionista-semântica.
  • Tendência histórico-crítica: Diz que a matemática não pode ser concebida como um saber acabado, e sim com como um saber vivo, dinâmico que historicamente vem sendo construído, atendendo a estímulos externos (necessidades sociais) e internos (necessidades teóricas de ampliação de conceitos). Esse processo de construção foi longo e tortuoso. É obra de várias culturas e milhares de homens que movidos pelas necessidades concretas, construíram coletivamente a Matemática que conhecemos hoje.
  • Tendência sociointeracionista-semântica: Toma como suporte a teoria de Vygotsky, o qual coloca a linguagem como constituinte do pensamento. Assim, essa tendência vê o ensino da matemática e sua evolução através de símbolos, signos e proposições, as quais podem ser associados com algo conhecido.
Aprender, portanto, significa significar: estabelecer relações possíveis entre fatos/idéias e suas representações (signos). Ao professor é dado o papel de mediador, alguém que já fez essa associação, e assim pode facilitar o aluno a chegar na sua associação própria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Aqui mostramos algumas formas de ver e entender o ensino da matemática, e assim, esperamos que você professor, tenha a possibilidade de criar sua própria maneira de trabalhar com essa disciplina, e não somente com ela, e sim com toda uma forma de trabalhar a educação de uma pessoa, pois o que hoje o que o homem pode ter de mais importante é o conhecimento sobre qualquer assunto, e na sociedade em que vivemos a matemática é dita como mediadora entre os que são aptos e os que não são.
É necessário que se faça um estudo, e uma reflexão sobre cada uma dessas tendências, estabelecer elementos negativos e positivos e assim utilizar o resultado de tal estudo em prol do ensino.
 
Corrêa, Eduardo de Araújo. ALGUNS MODOS DE VER E CONCEBER O ENSINO DA MATEMÁTICA NO BRASIL. Visto em fevereiro 2016. Encontrado em: <http://eduacorrea.blogspot.com.br/2009/07/alguns-modos-de-ver-e-conceber-o-ensino.html>.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Gênero e Trabalho Docente


Um pouco sobre a história da docência no brasil, levando em conta a feminização da própria.




quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Mapa Conceitual sobre o Início da Profissão Docente no Brasil


Formação de Professores no Brasil (parte 2)

Bernardete Gatti é uma pedagoga formada pela USP (Universidade de São Paulo) e doutora em psicologia pela Universidade de Paris. Ela propõe uma discussão que deveria ser discutida com professores e alunos de licenciaturas, mas que muitas vezes não se discute. A tal discussão é: "será que estamos aptos a dar aula?"

No vídeo do post, ela faz um comentário muito interessante "um aluno de medicina é apresentado ao hospital, mas uma aluno da pedagogia muitas vezes não vai à escola". Ela comenta que muitas vezes ao entrar pela primeira vez numa sala de aula leva-se um "susto", pois não se sabe nada sobre a formação de professor. E essa é uma realidade na sociedade brasileira, pois faltam bons profissionais na área da docência, pois o professor deve estar pronto para lidar com "cabecinhas e corações" e muitas das vezes ele não é preparado para isso.

Outro fator comentado no vídeo é que a carreira de professor não é atraente para a maioria dos seguimentos sociais, o salário de um professor é um salário que deixa muito à desejar. No Brasil não existe incentivo algum para o jovem ingressar nos cursos das licenciaturas, o que se ouve falar (sem desmerecer os cursos citados) na realidade escolar desde o fundamental é que "as engenharias darão um futuro melhor, o direito te dará uma estabilidade melhor, a medicina te dará uma condição financeira excelente", não se ouve falar nunca em outra profissão, as crianças já são criadas com aquelas outras profissões de "excelência" como referência.

Tanto faltam profissionais na área da educação, que uma realidade muito presente nas escolas públicas é que por exemplo: um professor de matemática é praticamente obrigado a lecionar física, pois falta professor na área em questão e os alunos não poderiam ser prejudicados. A situação das escolas públicas hoje é de calamidade. Porém, essa possibilidade de flexibilidade em relação à matéria que o professor leciona, só é possível graças à interdisciplinaridade que existe dentro de cada curso, como por exemplo um professor de biologia poderia ensinar um pouco de química, pois ele tem que entender de química para se formar em biologia. E essa interdisciplinaridade deve ser presente em cada docente e sua área de ensino, dentro do módulo escolar citado no vídeo.

No final das contas, o que falta é um interesse por parte da população em exercer a profissão docente. Por essa falta de interesse também podemos levar em conta a má formação dos profissionais no mercado e a falta dos mesmos.


parte 1

parte 2